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Arte, Cultura e Pastelaria

Arte, Cultura e Pastelaria

Bola de Carne

Graellsia, 26.02.12
1º Desafio Culinário dos Blogs do SAPO
 
Há alguns anos atrás encontrei a receita de bola de carne, que acabaria por ser sempre a minha favorita. A massa fica leve, macia, aromática, e o conjunto das carnes, favorece-lhe o sabor.  
 
 
Ingredientes

600g de Farinha T55

7g de Sal

40g de Açúcar

30g de Levedura Fresca

1dl de Água

100g de Manteiga

4 Ovos

1 dl de Azeite

250g de Fiambre

200g de Toucinho fumado

200g de chourição

Ovo batido para pincelar

 

Preparação

Amassar a farinha, com o sal, o açúcar, a manteiga e os ovos. Adicionar o azeite.

Juntar a levedura dissolvida na água e amassar até a massa apresentar-se elástica, brilhante e com véu.

Tender em bola e deixar levedar.

Quando lêveda, transferir para a mesa de trabalho, e esticar em rectângulo com o rolo.

No centro do rectângulo colocar metade das carnes (fiambre, chourição, toucinho).

Em seguida, dobrar uma das extremidades sobre as carnes, de forma a cobri-las. Sobre essa porção de massa, colocar as restantes carnes.

Fechar com a outra parte.

Deixar levedar, novamente.

Picar a superfície da massa (com um garfo). Pincelar com ovo batido.

Coze a 200⁰C.

 

 
Fonte: SILVA, António (Direcção Técnica)- Bola de Carnes. Revista Teleculinária Gold. Pães, bolos e biscoitos. 30º Aniversário. Edições Plural, 2007  

Bolachas de Avelã e Chocolate

Graellsia, 14.02.12

 

Ingredientes

100g de chocolate em tablete

250g de farinha T55

1 colher (de café) de fermento em pó

1 colher (de sopa) de cacau

1 colher (de sobremesa ) de canela em pó

65g de manteiga

125g de açúcar

1 ovo

100g de farinha de avelã

 

Preparação

Partir o chocolate em pedaços e derreter no microondas ou banho-maria.

À parte, misturar a farinha com o fermento, o cacau e a canela; reservar.

Amassar bem a manteiga com o açúcar e juntar o ovo.

Continuar a amassar e adicionar aos poucos, a mistura de farinha. Envolver bem e juntar o chocolate derretido e a farinha de avelã.

Colocar a massa no frio a descansar, cerca de 15 minutos.

Retirar pequenas porções de massa (entre 6 a 8g) e moldar em bolinhas. Achatá-las e colocar em tabuleiro forrado com papel vegetal. Com uma faca desenhar traços sobre cada bolacha. Polvilhar com açúcar.

Cozem a 180⁰C, cerca de 10 minutos.

Broa de Milho Branco

Graellsia, 04.02.12

Recordo quando ainda pequenina entrava na cozinha e sentia o cheiro da farinha de milho já escaldada na masseira.

A minha avó, entretanto,  tratava do forno. Limpava e acendia o lume com a madeira já armazenada para esse feito. Depois voltava à massa.

Ao milho acrescentava o trigo, a água e a levedura, porque o sal já entrara na farinha escaldada. E o meu coração brilhava com os gestos concertados de braços, suavidade nas mãos, que amassavam e transformavam a farinha num volume macio e divino.

 

As minhas mãos ainda pequeninas e ávidas não sossegavam enquanto não tocassem, sentissem, mergulhassem naquela masseira.

 

Depois era esperar. A broa repousava entre madeira e cobertores aquecida pelo lume do forno e do borralho, onde já havia a panela da sopa ao lume.

 

Já levedada, o novo passo de magia acontecia. Baquear a broa. A massa na tigela, saltava, rolava, enfarinhava-se e redondinha virava-se na pá para entrar ao forno.

 

De novo a espera. E então... a minha avó começava a apresentar as broas. Abria a primeira à mão e eu com manteiga pronta para barrar aquele pedaço de broa a fumegar… 

 

São experiências, aromas, sabores que jamais passam para o esquecimento, porque são uma das verdades que me tornaram no ser humano que sou.

 

Por mais que tente fazer broa de milho ela jamais terá o sabor que a broa da minha avó tinha.

 

Broa de Milho Branco (directa, sem isco)

Ingredientes

500g de Farinha de Milho T175 (80%)

450g de Água a ferver

100g de Farinha de Trigo (20%)

100g de Água

9g de Sal

18g de Levedura

Qb de farinha de trigo para tender

 

Preparação

Amassar a «escaldar» a farinha de milho (já com o sal adicionado) com a água a ferver.

Deixar arrefecer cerca de meia hora, para «rebentar» e «abrir» o grânulo de amido do milho, muito mais resistente do que o de trigo.

Adicionar a farinha de trigo e a levedura dissolvida na restante água. Amassar.

Se for para tender à tigela (baquear/padejar) a massa deve ficar macia. Se for para enrolar à mão a massa deve ficar mais segura.

Deixar a massa levedar cerca de 1 a 2 horas.

Se optar por enrolar, usar muita farinha de trigo, não apertando muito para que «abra» ao enfornar. Se optar por baquear (é sempre a minha opção), numa tigela ou gamela de madeira enfarinhada, fazer a massa rolar e saltar.

Enfornar e cozer em forno forte, 250⁰C/260⁰C

Portugal na SIGEP Bread Cup

Graellsia, 02.02.12

Entre os dias 21 e 25 de Janeiro viajei até Rimini, Itália, para fazer parte da equipa portuguesa na SIGEP BREAD CUP. A SIGEP BREAD CUP é uma competição que defende o conhecimento e os métodos artesanais usados na panificação, procurando transmitir e manter esse conceito à actualidade. Pomove, igualmente, a partilha entre as equipas dos países concorrentes, dos saberes, das ideias, dos métodos, das confecções próprias de cada um.

 

Foram realizadas quatro provas, uma em cada dia, com o tema geral Gostos e Sabores do Mundo - a prova do pão tradicional de cada país (onde apresentamos a broa de milho); a prova do pão saudável (apresentamos um pão com farinha de soja, farinha de linhaça e uma mistura de sementes); a prova da sobremesa tradicional de forno (apresentamos a Queijada de Pereira) e a prova da peça artística. Esta, resultou de um trabalho diário e realizada em massa-morta. Como o tema geral da peça aludia à Tradição Musical do País, a escolha recaiu sobre o Fado.

 

Apesar do nosso esforço, empenho, dedicação, não só durante o evento, mas também nos dois meses que o antecederam, ficamos na 7ª Posição.

 

A equipa portuguesa: Américo Couto, o nosso Capitão; Luís Almeida, o responsável pela peça artística; José Carlos Costa, o responsável pelo pão; e eu, Tânia Ferreira, responsável pela pastelaria.

 

Para mim foi a realização de um sonho!

Só foi possível graças ao Sr. António Fontes, Presidente da AIPAN, que desde o início acreditou em mim. Ao Sr. Américo, o melhor capitão, sempre generoso e amável, que não me deixou desanimar. Ao Luís pela partilha da arte. E ao Zé, um dos melhores padeiros e companheiros.